MVP (Produto Mínimo Viável) – uma expressão que todos já ouviram falar, mas será que realmente entendem seu verdadeiro significado? Neste artigo, vamos desmascarar as lendas e mitos e revelar a verdade sobre o MVP, além de mostrar como essa estratégia é fundamental para o sucesso das startups e empreendedores. Preparado para se aprofundar no mundo dos MVPs com exemplos e dados concretos?
A verdadeira face do MVP

Imagine que você queira se deslocar de um ponto a outro e decida criar o veículo perfeito para essa tarefa.
No entanto, antes de construir um automóvel luxuoso, você precisa começar com algo mais simples, algo que cumpra o objetivo básico de mobilidade.
Assim, o MVP (Produto Mínimo Viável) entra em cena. Ele não é uma roda solitária, mas sim uma bicicleta completa – uma versão simplificada do produto final que, embora não seja tão sofisticada quanto um carro, ainda é capaz de transportá-lo para onde você precisa ir.
O conceito de MVP é fundamental no universo das startups e do empreendedorismo ágil.
Ele tem como objetivo permitir que os empreendedores testem e validem suas ideias no mercado o mais rápido possível, sem gastar tempo e recursos desnecessários na criação de um produto complexo e completo desde o início.
Em outras palavras, é como criar a bicicleta antes do automóvel, para entender se as pessoas realmente precisam de um veículo e o que esperam dele.
Quando aplicado corretamente, o MVP permite que você aprenda com os clientes, colete feedback valioso e faça ajustes no produto conforme necessário, antes de investir em um produto totalmente desenvolvido.
É uma abordagem inteligente e enxuta, que se alinha aos princípios da Lean Startup e da cultura ágil.
No entanto, é importante lembrar que a verdadeira face do MVP não é a de um produto inacabado ou malfeito. Pelo contrário, ele deve ser um produto funcional e bem projetado, capaz de resolver um problema real para os usuários.
A bicicleta não precisa de todos os recursos de um automóvel, mas ela deve ser segura, confortável e eficiente em sua proposta de mobilidade.
Ao aplicar esses conceitos em seu próprio empreendimento, lembre-se de que a chave para um MVP bem-sucedido é o equilíbrio entre simplicidade e valor agregado. Não se trata apenas de cortar recursos, mas de entregar uma solução eficaz e acessível que atenda às necessidades do público-alvo.
Exemplo: O “cavalo de Troia” do Dropbox
O Dropbox usou um MVP inteligente: um vídeo explicativo que mostrava a ideia do produto antes mesmo de desenvolver a solução completa (Ries, 2011). O vídeo foi como um cavalo de Troia, permitindo que o Dropbox avaliasse a demanda do mercado e ajustasse sua estratégia antes de investir pesadamente no desenvolvimento do produto.
MVPs: o segredo das startups de sucesso
Imagine ter 152% mais chances de sucesso no competitivo mundo das startups. A pesquisa de 2013 da Startup Genome mostrou que isso é possível ao usar MVPs (Startup Genome Report Extra on Premature Scaling, 2013). Adotar um MVP é como ter um mapa que revela rapidamente os melhores caminhos a seguir, permitindo aprender com os erros e ajustar as soluções às necessidades do mercado.
Exemplo: Zappos e a vitrine virtual
Nick Swinmurn, fundador da Zappos, criou um MVP engenhoso: fotografou sapatos em lojas locais e os colocou online para verificar se os clientes comprariam sapatos pela internet (Ries, 2011). Essa vitrine virtual permitiu que a Zappos validasse sua ideia e evitasse investir em estoque antes de comprovar a demanda.
MVPs e abordagens lean: o elixir do sucesso
Um estudo de 2016 do MIT revelou que startups que adotam abordagens lean e MVPs têm 50% mais chances de sobreviver e prosperar (Ganco et al., 2016). O MVP é como um elixir que aumenta a resistência e a capacidade de adaptação das empresas, tornando-se uma estratégia eficaz para testar e validar ideias e reduzir o risco de fracasso.
Mito desvendado: MVPs são Frankenstein

MVPs não são produtos inacabados ou malfeitos (Blank, 2013). A ideia é criar um protótipo que ofereça valor ao cliente e colete informações valiosas para melhorar o produto final, como montar um quebra-cabeça a partir de peças essenciais.
Conclusão

Desvendamos os mitos e lendas do MVP, mostrando que essa estratégia é a chave do sucesso para startups e empreendedores. Com exemplos inspiradores como Dropbox e Zappos e dados concretos, fica evidente o poder do MVP na validação de ideias, acelerando o aprendizado e minimizando riscos.
Da próxima vez que você pensar em desenvolver um MVP, lembre-se da bicicleta – um veículo simples, porém eficiente, que representa o ponto de partida perfeito para a jornada empreendedora. Afinal, toda grande inovação começa com um único passo (ou pedalada) na direção certa.
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Referências
Blank, Steve. “Why the Lean Start-Up Changes Everything.” Harvard Business Review, 2013. (https://hbr.org/2013/05/why-the-lean-start-up-changes-everything)
Ganco, Martin, et al. “Entrepreneurial Beavers and Bricks: Applying the Functional Theory of Resources to Test the Impact of Entrepreneurs’ Human and Social Capital on Innovation.” MIT Sloan School of Management, 2016. (https://dspace.mit.edu/bitstream/handle/1721.1/104106/Entrepreneurial%20beavers%20and%20bricks.pdf?sequence=1&isAllowed=y)
Ries, Eric. “The Lean Startup: How Today’s Entrepreneurs Use Continuous Innovation to Create Radically Successful Businesses.” Crown Books, 2011.
Startup Genome Report Extra on Premature Scaling, 2013. (https://s3.amazonaws.com/startupcompass_public/StartupGenomeReport2_Why_Startups_Fail_v2.pdf)